NOSSA HISTÓRIA
Idealizado pelos professores Carlos Vogt e José Marques de Melo, e pelo jornalista Alberto Dines, o Labjor foi criado em 1994 como integrante do Nudecri com objetivo de criar um centro de pesquisa e acompanhamento crítico da mídia. O seminário-fundador A imprensa em questão, fez amplo diagnóstico dos desafios enfrentados pela mídia jornalística no panorama contemporâneo das transformações socioculturais, político-econômicas e científico-tecnológicas. Esse evento forneceu a pauta de iniciativas pioneiras e teve seus debates registrados em livro que a Editora da Unicamp publicou com o mesmo título do evento, em 1997.
No final do primeiro ano de trabalho, consolidou-se a primeira parceria internacional: o Labjor e o Observatório da Imprensa de Lisboa reuniram-se com o apoio da revista Imprensa, dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, de entidades empresariais e sindicais capitaneadas pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas), para promover no Rio de Janeiro o II Congresso Internacional do Jornalismo de Língua Portuguesa. O encontro contou com 200 jornalistas dos 7 países de língua oficial portuguesa (Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor Leste) e de jornalistas das comunidades de imigração luso-afro-brasileira residentes no Japão, Canadá e USA.
No ano de 1995 foram realizados os primeiros convênios e parcerias, como com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, com a University of Columbia, e as empresas IBM (International Business Machines Corporation), Folha de S. Paulo e Editora Abril, para a realização de seminários, conferências e workshops. Por meio de um convênio interinstitucional – Fundação Cinemateca Brasileira, Cinemateca do Museu de Arte do Rio de Janeiro, British Film Institute, Instituto Goethe, Folha de S. Paulo e Editora da Unicamp – o Labjor associou-se às comemorações do centenário de nascimento da indústria cinematográfica, realizando em São Paulo e no Rio de Janeiro a mostra Jornalismo no Cinema. Ainda nesse ano, o Labjor associou-se também ao Instituto de Estudos da Linguagem para começar a desenvolver na Unicamp um projeto sui generis de pós-graduação.
Em 1995, o Labjor intensificou suas atividades de extensão, promovendo o I Encontro de Editores de Revistas Técnicas em Educação Física e Esportes. Ofereceu também a disciplina “Em busca do outro: jornalismo, linguagem, história e literatura”, no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. O primeiro curso de extensão em nível de pós-graduação foi a Especialização em Jornalismo Esportivo que teve a duração de um ano e foi oferecido em cooperação com o Departamento de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física. Ainda como parte de suas atividades didáticas, foram oferecidos cursos de aperfeiçoamento para profissionais do jornalismo, como o Seminário Intensivo de Atualização para Jornalistas, realizado em Porto Alegre (na Associação Riograndense de Imprensa) e em Ribeirão Preto (na Universidade de Ribeirão Preto).
Esse conjunto de atividades construiu as bases para a criação do Curso de Especialização em Jornalismo Cientifico, em 1999, e o Mestrado em Divulgação Cientifica e Cultural, em 2007.
Especialização em Jornalismo Científico
O Curso de Pós-Graduação lato sensu em Jornalismo Científico é oferecido pelo Labjor desde 1999, em parceria com o Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), do Instituto de Geociências, e com o Departamento de Multimeios, do Instituto de Artes, ambos da Unicamp. O curso é gratuito, tem duração de três semestres e se destina à formação de jornalistas científicos, divulgadores de ciência e assessores de comunicação de universidades e centros de pesquisa. O objetivo do curso é capacitar jornalistas profissionais e cientistas para a divulgação científica, com a intenção de tornar público o debate sobre C&T e reduzir a distância entre o conhecimento científico e o cotidiano das pessoas. Para o cientista é uma oportunidade de obter uma formação voltada à divulgação de pesquisas, que os cursos de graduação não contemplam. Para o jornalista, o curso pode contribuir para uma melhor compreensão do processo de produção da ciência, bem como da política científica nacional. Da primeira turma, em 1999, com 145 inscritos e 30 vagas, o curso continua com processo seletivo realizado a cada dois anos, mantendo uma média de 200 inscrições para 40 vagas, preenchidas por alunos oriundos de diferentes áreas e com diferentes níveis de formação, com baixíssima taxa de desistência.
Mestrado em Divulgação Científica e Cultural
Aprovado pelo Conselho Universitário da Unicamp, em 28/11/2006, após a aprovação da Capes, o curso de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (MDCC) passou a ser desenvolvido pelo Labjor, em parceria com o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). O objetivo do MDCC é formar e capacitar pesquisadores que tenham um conhecimento teórico mais profundo sobre as questões atuais da divulgação e do jornalismo científico, aliado a uma visão global sobre o sistema de ciência e tecnologia e difusão cultural. A interação das disciplinas oferecidas pelo MDCC prevê uma formação que permita tanto a reflexão crítica sobre as principais realizações da ciência, da tecnologia e da cultura na atual sociedade, quanto a respeito do modo como a mídia de massa ou especializada vem atuando para divulgá-las. Pretende-se que as linhas de pesquisa focalizem a análise da produção cultural e da divulgação científica e do jornalismo científico e cultural nos mais diversos veículos de informação, tais como, mídia impressa, radiofônica, televisiva e eletrônica, com destaque para linhas como história da ciência e da técnica e sociologia da ciência, bem como em outros espaços de divulgação da ciência e cultura, como museus, fóruns e eventos.